Na ata da última reunião do COPOM, podemos ressaltar diversos pontos indicados pelo BC, indicando as questões de pressões inflacionárias se alterando em diversos aspectos, desde o alívio até o aumento, porém, acreditamos que ela pode se resumir na seguinte frase:
"Nesse contexto, ressalta que o cenário central não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias"
Daí retira-se a conclusão que o mercado queria chegar, principalmente após o suposto sinal “dovish” emitido com a alteração para manutenção dos votos de Sidnei e Volpon. Seguem abaixo os outros pontos que julgamos relevantes:
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(…). Em síntese, as informações disponíveis refletem, em parte, a dinâmica de maior persistência dos preços no segmento de serviços
, – mas que já mostram alguma desaceleração –, os processos de realinhamento de preços relativos e choques temporários de oferta no segmento de alimentação e bebidas.
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(…) O índice de produção consolidado para o Brasil, com dados agregados do Purchasing Managers’ Index (PMI), apesar de ter variado do recorde de
43,9baixa de 39,0 em dezembrofevereiro para 45,140,8 em janeiro, permanece em patamar inferior a 50,março, sazonalmente ajustado, continua indicando, portanto, contração. acentuada redução na atividade do setor privado. (…)
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A atividade fabril recuou
0,72,5% em dezembrofevereiro, ante o mês anterior, de acordo com a série livre de influências sazonais divulgada pelo IBGE. Assim, o setor industrial acumula, nos últimos doze meses de 2015, variação de –8,3%.9,0% em fevereiro de 2016 (…)
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Entre as categorias de uso, comparando-se a produção de
dezembrofevereiro com a de novembrojaneiro, de acordo com a série com ajuste sazonal, bens de capital (-8,2consumo duráveis (-5,3%) mostrou a redução mais acentuada. Por outro lado, o segmentoOs segmentos de bens intermediários (-2,0%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,3%) e de bens intermediários ((0,7%)6%) também registraram pequeno avanço, e o recuo. Por outro lado, o setor de bens de consumo duráveis (9,4%), expansão mais elevada, interrompendo quatro meses consecutivos de queda na produção.capital (0,3%) registrou o único resultado positivo no mês. Comparando-se a produção de dezembrofevereiro com a do mesmo mês de 20142015, houve redução nas quatro categorias: bens de capital (-31,9%), bens de consumo duráveis (-24,729,3%), bens de capital (-25,8%), bens intermediários (-11,48,5%) e bens de consumo semi e não duráveis (-4,2,0%).
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De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), a taxa de desocupação no trimestre móvel encerrado em
novembro fevereiro desse ano foi estimada em 9,0%, com aumento de 10,2,5%, 2,8 p.p. acima da aferida no trimestre móvel encerrado em relação ao mesmo períodofevereiro do ano anteriorpassado. De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que abrange seis regiões metropolitanas, a taxa de desocupação situou-se em 7,68,2% em janeirofevereiro, com aumento de 0,76 p.p. em relação ao mês anterior e aumento de 2,34 p.p. em relação a janeirofevereiro de 2015 (…)
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Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, projeta-se variação de
5,96,8% em 2016, ante 6,35,9% considerados na reunião do Copom de janeiromarço (…)
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Considera-se como indicador fiscal o resultado primário estrutural que deriva das trajetórias de
superavit deficit primário de 0,501,6% do PIB para 2016 e de 1,300,9% do PIB para 2017, de acordo com o projeto de alteração da LDO 2016 e com o PLDO 2017, consideradas as deduções previstas nos respectivos projetos. Cabe destacar, ainda, que, em determinado período, o impulso fiscal equivale à variação do resultado estrutural em relação ao observado no período anterior.
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Desde a última reunião do Copom, a mediana das projeções coletadas pelo Departamento de Relacionamento com Investidores e Estudos Especiais (Gerin) para a variação do IPCA, para 2016, deslocou-se de 7,
00% para 7,57% para 6,98% e, para 2017, elevoureduziu-se de 6,00% para 5,40% para 6,0080%.
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Nesse cenário, houve
elevaçãoredução da projeção para a inflação em relação ao valor considerado na reunião anterior, tanto para 2016 quanto para 2017, ambas . A projeção para 2016 se situandositua acima da meta de 4,5% fixada%, enquanto a projeção para 2017 encontra-se ao redor da meta de 4,5%, ambas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). (…)Nesse cenário, houve elevaçãoredução da projeção para a inflação em relação ao valor considerado na reunião anterior, tanto para 2016 quanto para 2017, ambas . A projeção para 2016 se situandositua acima da meta de 4,5% fixada%, enquanto a projeção para 2017 encontra-se ao redor da meta de 4,5%, ambas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
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(…) Relativamente ao resultado fiscal estrutural e a depender do ciclo econômico, o Comitê pondera que
, no horizonte relevante para a política monetária, o balanço do setor público tende a encontra-se deslocar para a em zona de neutralidade e não descarta a hipótese de migração para a zona de contenção, mesmo que de forma lenta e em menor intensidade em relação ao anteriormente projetado. Porém,expansionista (…)
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O Copom destaca que o cenário central contempla
expansão moderadamoderação do crédito, o que já havia sido observado e tende a persistir (…)
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O Comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação, em especial a contenção dos efeitos de segunda ordem dos ajustes de preços relativos. No entanto, considera que o nível elevado da inflação em doze meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária.
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Dessa forma, o Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic em 14,25% a.a., sem viés
, por seis votos a favor e dois votos pela elevação da taxa Selic em 0,50 p.p.
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O Comitê ressalta que, apesar dos avanços no combate à inflação, há incertezas associadas ao balanço de riscos, principalmente, quanto ao processo de recuperação dos resultados fiscais e sua composição (…)Nesse contexto, ressalta que o cenário central não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização das condições monetárias.
JASON VIEIRA
Economista-Chefe
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