Além do primeiro voto favorável à elevação de juros (Esther L. George) no comitê de política monetária (FOMC) do Federal Reserve, as projeções de inflação perderam força por conta dos custos ainda baixos de energia, entretanto, melhorou a perspectiva quanto ao mercado de trabalho. Além disso, a maior parte dos membros já considera mais altas de juros com o passar do tempo, conforme as projeções. Para este ano, a perspectiva se reduziu para duas elevações de juros, ante 3 das projeções anteriores. Entretanto, havia no mercado a perspectiva de que nenhuma alta poderia ocorrer, o que foi rechaçado pelo voto de Esther. Yellen ressalta agora que as médias das projeções econômicas não devem ser consideradas como endosso do FOMC, portanto, consideram-se as perspectivas conforme a premissa de inflação mais próxima a meta de 2% neste ano.
Segue a ata traduzida:
—–
As informações recebidas desde que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve se reuniu em janeiro sugerem que a atividade econômica tem se expandido em um ritmo moderado, apesar dos desenvolvimentos econômicos e financeiros globais nos últimos meses.
A despesa das famílias e do investimento fixo das empresas aumentou em taxas moderadas nos últimos meses e o setor de habitação melhorou ainda mais; no entanto, as exportações líquidas e o investimento fixo das empresas foram suaves. Uma série de indicadores recentes, incluindo fortes ganhos em mão-de-obra apontam para um fortalecimento adicional do mercado de trabalho. A inflação subiu nos últimos meses; entretanto, continuou a ficar abaixo da meta de longo prazo de 2% do Comitê, refletindo em partes o declínio nos preços de energia e dos preços das importações de não energéticos.
Medidas baseadas no mercado de compensação de inflação permanecem baixas; medidas baseadas em pesquisas de expectativas de inflação de mais longo prazo pouco mudaram, em termos globais, nos últimos meses.
Consistente com seu mandato estatutário, o Comitê busca fomentar o máximo emprego e estabilidade de preços. O Comitê atualmente espera que, com ajustes graduais na orientação da política monetária, a atividade econômica vai se expandir num ritmo moderado e os indicadores do mercado de trabalho continuarão a se reforçar. No entanto, os desenvolvimentos econômicos e financeiros globais continuam a representar riscos.
A inflação deverá manter-se baixa no curto prazo, em partes devido às novas quedas nos preços da energia, mas para subir para 2% no médio prazo, assim que os efeitos transitórios de declínios nos preços da energia e de importação se dissiparem e o mercado de trabalho se reforçar ainda mais. O comitê continua a acompanhar atentamente a evolução da inflação.
Neste contexto, o Comitê decidiu manter a meta para a taxa dos fundos federais em 0,25% a 0,50%aa. A orientação da política monetária permanece acomodatícia, dando suporte, assim, às outras melhorias nas condições do mercado de trabalho e um retorno a 2% da inflação.
Ao determinar o calendário e o tamanho dos ajustes futuros para a meta da taxa dos Fed Funds, o comitê avaliará as condições e projeções econômicas em relação a seus objetivos de máximo emprego e de 2% de inflação. Essa avaliação levará em conta uma vasta gama de informações, incluindo medidas de condições do mercado de trabalho, indicadores de pressões inflacionárias e as expectativas de inflação e leituras sobre a evolução financeira e internacional.
À luz da atual defasagem da inflação de 2%, o Comitê irá monitorar atentamente o progresso da inflação real e esperada em direção a sua meta.
O Comitê espera que as condições econômicas evoluirão de uma maneira a justificar um aumento apenas gradual na taxa de Fed Funds; é provável que a taxa de Fed Funds se mantenha, durante algum tempo, abaixo dos níveis que se prevê venham a prevalecer no longo prazo. No entanto, o caminho real da taxa de Fed Funds vai depender do panorama econômico como informado por dados.
O Comitê manterá sua política existente de reinvestir os pagamentos do principal de suas participações nas agências de crédito e dos títulos lastreados em agências de hipotecas e na rolagem sobre o vencimento de títulos do Tesouro em leilão, e antecipa fazê-lo até que a normalização do nível da taxa dos Fed Funds esteja num bom caminho. Esta política, mantendo participações do Comitê de títulos de longo prazo em níveis consideráveis, deve ajudar a manter condições financeiras acomodatícias.
Votaram a favor da decisão de política monetária foram: Janet L. Yellen, presidente; William C. Dudley, Vice-Presidente; Lael Brainard; James Bullard; Stanley Fischer; Loretta J. Mester; Jerome H. Powell; Eric Rosengren; e Daniel K. Tarullo. Votou contra a ação Esther L. George, que preferiu nesta reunião para elevar a meta para a taxa dos Fed Funds para 0,50% a 0,75%.
Jason Vieira
Economista-Chefe – Infinity Asset
Jason.vieira@infinityasset.com.br
© 2015 Infinity Asset – Este relatório foi preparado pela Infinity Asset e é distribuído com a finalidade única de prestar informações ao mercado em geral. Apesar de ter sido elaborado com todo o cuidado necessário de forma a assegurar que as informações aqui prestadas reflitam como precisão as informações do mercado financeiro, elas não podem ser consideradas como garantia de operações lucrativas, por se tratar de um mercado de risco. Motivo pelo qual a Infinity e a CVM não se responsabilizam por quaisquer prejuízos de quaisquer naturezas, por perdas diretas ou indiretas derivadas do uso das informações constantes do mencionado relatório de seu conteúdo. Este documento não deve ser considerado uma oferta de venda dos fundos, nem tampouco constitui um prospecto previsto na Instrução CVM nº 409/2008 ou no Código de Auto-Regulação da Anbima. As informações aqui apresentadas foram baseadas em fontes oficiais e de ampla difusão. A Infinity não se responsabiliza por eventuais divergências e/ou omissões. As opiniões aqui constantes não devem ser entendidas, em hipótese alguma, como uma oferta para comprar ou vender títulos e valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros. As informações deste material são exclusivamente informativas. Fonte das Projeções Internacionais: Bloomberg LP. Economista Responsável: Jason Freitas Vieira – Corecon 31.464. Este relatório não pode ser reproduzido, distribuído ou publicado por qualquer pessoa, para quaisquer fins sem autorização prévia
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |