A decisão do FOMC em elevar os juros em 25 bp era largamente aguardada pelo mercado, e o comunicado em si não trouxe elucidações mais concretas quanto ao rumo futuro dos juros americanos.
A decisão não unânime manteve o viés de baixa do dólar global e a maior diferença fica pela retirada do termo “ à luz da defasagem de inflação de 2%”.
Neste contexto, a próxima alta pode ser dada como certa, porém a extensão do ciclo agora depende tanto dos elementos da ata, quanto da comunicação dos membros do FOMC. Um ponto importante, é a manutenção das projeções macroeconômicas em níveis semelhantes aos observados em dezembro, ou seja, nenhuma indicação adicional de pressão de preços ou atividade econômica no curto prazo, tornando assim a decisão um pouco menos “hawkish”.
Segue o comunicado traduzido:
A decisão do FOMC em elevar os juros em 25 bp era largamente aguardada pelo mercado, e o comunicado em si não trouxe elucidações mais concretas quanto ao rumo futuro dos juros americanos. A decisão não unânime manteve o viés de baixa do dólar global e a maior diferença fica pela retirada do termo “ à luz da defasagem de inflação de 2%”.
Neste contexto, a próxima alta pode ser dada como certa, porém a extensão do ciclo agora depende tanto dos elementos da ata, quanto da comunicação dos membros do FOMC.
As informações recebidas desde que o Comitê Federal de Mercado Aberto se reuniu em fevereiro indicam que o mercado de trabalho continuou a se fortalecer e que a atividade econômica continuou se expandindo a um ritmo moderado. Os ganhos de emprego continuaram sólidos e a taxa de desemprego foi pouco alterada nos últimos meses. Os gastos das famílias continuaram a subir moderadamente, enquanto o investimento fixo de empresas parece ter se firmado um pouco. A inflação tem aumentado nos últimos trimestres, aproximando-se meta de 2% mais longo prazo do Comitê; Excluindo-se energia e preços dos alimentos, a inflação pouco se alterou e continuou a se manter um pouco abaixo de %. As medidas de compensação da inflação baseadas no mercado continuam baixas; A maior parte das medidas baseadas em pesquisas de expectativas de inflação de mais longo prazo pouco mudaram.
Consistente com seu mandato estatutário, o Comitê busca fomentar o máximo emprego e estabilidade de preços. O Comitê espera que, com ajustes progressivos da orientação da política monetária, a atividade econômica deva se expandir a um ritmo moderado, as condições do mercado de trabalho irão se reforçar um pouco mais e a inflação se elevará para 2% a médio prazo. Os riscos de curto prazo para as perspectivas econômicas parecem estar relativamente equilibrados. O Comitê continua a acompanhar de perto os indicadores de inflação e a evolução econômica e financeira a nível mundial.
Em vista das condições reais e projetadas do mercado de trabalho e da inflação, o Comitê decidiu elevar o intervalo de meta para a taxa dos FED Funds entre 0,75% e 1,00% aa. A postura da política monetária permanece acomodatícia, apoiando assim um maior reforço das condições do mercado de trabalho e um retorno à inflação de 2% aa.
Ao determinar o calendário e o tamanho dos ajustes futuros para a meta da taxa dos Fed Funds, o comitê avaliará as condições e projeções econômicas em relação a seus objetivos de máximo emprego e de 2% de inflação. Esta avaliação levará em conta uma vasta gama de informações, incluindo medidas de condições do mercado de trabalho, indicadores de pressões inflacionárias e as expectativas de inflação e leituras sobre a evolução financeira e internacional.
À luz da atual defasagem da inflação de 2%, O Comitê monitorará cuidadosamente a evolução da inflação real e projetada em relação à sua meta de inflação simétrica.
O Comitê espera que as condições econômicas evoluam de uma maneira que justifiquem aumentos graduais na taxa dos Fed Funds; Esta provavelmente permanecerá, por algum tempo, abaixo dos níveis que se espera que prevaleçam no longo prazo. No entanto, o caminho real da taxa dos Fed Funds dependerá da perspectiva econômica como informado pelos dados de entrada.
O Comitê manterá sua política existente de reinvestir os pagamentos do principal de suas participações nas agências de crédito e dos títulos lastreados em agências de hipotecas e na rolagem sobre o vencimento de títulos do Tesouro em leilão, e antecipa fazê-lo até que a normalização do nível da taxa dos Fed Funds esteja num bom caminho. Esta política, mantendo participações do Comitê de títulos de longo prazo em níveis consideráveis, deve ajudar a manter condições financeiras acomodatícias.
A votação para a ação de política monetária do FOMC foi: Janet L. Yellen, Presidente; William C. Dudley, Vice-Presidente; Lael Brainard; Charles L. Evans; Stanley Fischer; Patrick Harker; Robert S. Kaplan; Jerome H. Powell; E Daniel K. Tarullo. A votação contra a ação foi de Neel Kashkari, que preferiu nesta reunião para manter a meta existente para a taxa dos Fed Funds.
Jason Vieira
Economista-Chefe – Infinity Asset
Jason.vieira@infinityasset.com.br
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