Novamente sem a “retirada gradual de estímulos” o COPOM mais uma vez repete a máxima “cautela, serenidade e perseverança” e usa reiteradamente o termo ‘flexibilidade’ para na verdade indicar que o cenário mais concreto para a política monetária neste momento é o de manutenção da atual taxa de juros.
Os elementos de inflação em nível “confortável” e “projeções em linha com as metas” demonstram que na verdade, o curto prazo não mais prescreve ações próativas de política monetária e sim reativas.
Isso é reiterado logo no item “B) Riscos em torno do cenário básico para a inflação” onde se cita tanto os riscos inerentes à não aprovação das reformas, em especial da previdência, como da grande ociosidade da economia, como fator para que um pensamento ‘flexível’ seja o mote neste momento.
O forte fechamento recente das curvas de juros elevou entre os investidores a perspectiva crescente de um corte de juros, permeada também por indicadores de atividade econômica desaquecida e inflação controlada. Todavia, os sinais emitidos pela autoridade monetária reiteravam o contexto de cautela e a neutralidade ganhou força.
Abaixo seguem os trechos que consideramos mais importantes para a nossa análise.
8. O cenário básico do Copom para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções, mas com maior
peso nos dois últimos riscos listados abaixo, portanto, com assimetria.
9. Por um lado, (i) o nível de ociosidade elevado pode produzir trajetória prospectiva abaixo do esperado.
10. Por outro lado, (ii) uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária. Esse risco se intensifica no caso de (iii) deterioração do cenário externo para economias emergentes.
11. O Copom avalia que, desde sua reunião anterior, especialmente quanto ao cenário externo, houve arrefecimento dos riscos inflacionários.
13. Os membros do Copom ressaltaram que uma aceleração de ritmo de retomada da economia dependerá da diminuição das incertezas em relação à aprovação e à implementação das reformas, notadamente as de natureza fiscal, e de ajustes na economia brasileira. Além disso, destacaram também a importância de outras iniciativas que visam aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. Esses esforços são fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira.
17. Os membros do Comitê debateram a melhor forma de atuação da política monetária diante de incertezas quanto aos cenários econômicos. Concluíram que a melhor forma de manter a trajetória da inflação em direção às metas é atuar com cautela, serenidade e perseverança nas decisões de política monetária, inclusive diante de cenários voláteis.
20. O Copom reitera sua visão de que a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a queda da sua taxa de juros estrutural, cujas estimativas serão continuamente reavaliadas pelo Comitê.
21. Na sequência, os membros do Copom avaliaram a decisão de política monetária adequada, tendo em vista a evolução do cenário básico e do balanço de riscos desde sua reunião em dezembro (219ª reunião). Todos concluíram pela manutenção da taxa Selic em 6,50% a.a.
22. O Copom debateu, então, a conveniência de sinalização sobre a evolução futura da política monetária. Todos concordaram que a atual conjuntura recomenda manutenção de maior flexibilidade para condução da política monetária, o que implica abster-se de fornecer indicações sobre seus próximos passos. Os membros do Copom reforçaram a importância de enfatizar seu compromisso de conduzir a política monetária visando manter a trajetória da inflação em linha com as metas.
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